quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Logística de transporte

ALFREDO DA MOTA MENEZES

O jornal Folha de S. Paulo publicou longa matéria sobre logística de transporte na Amazônia Legal. Tomou como base um estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria e pelas federações de indústrias de Mato Grosso, Tocantins, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Rondônia. O estudo recebeu o nome Ação Pró-Amazônia e também Norte Competitivo.

As entidades patronais vão levar o estudo aos congressistas e governadores eleitos da região. É proposta uma ação integrada para o transporte de toda a área. Não é um estado fazendo estradas descoordenado dos interesses dos outros estados.

A intenção é atuar em conjunto para resolver o grave problema de infra-estrutura de toda a região. E também, talvez pela primeira vez, tentar fazer que todos os parlamentares da área, principalmente os senadores (24 dos 8 estados), atuassem em Brasília numa mesma direção.

Veja a importância para MT do estudo feito pela Macrologística (a mesma empresa que fez os estudos para o porto de Morrinhos na hidrovia Paraguai-Paraná). Obras elencadas pelo estudo: hidrovias Juruena-Tapajós, Teles Pires-Tapajós, Paraguai-Paraná, Araguaia-Rio das Mortes e Tocantins até Estreito; estrada de ferro Carajás; BR-163 via Miritituba; ferrovia até Lucas do Rio Verde; BR-163 via Santarém; BR-364. Das onze obras, nove delas interessam ao estado.

A região coberta pelo estudo tem 5,2 milhões de quilômetros quadrados, que correspondem a 60% do território do país. A intenção é melhorar o desempenho de 16 cadeias produtivas da área.

O estudo detectou 151 projetos relevantes para a Amazônia Legal que custariam 52 bilhões de reais. Diminuíram para uma lista menor de 71 projetos com gastos de 14 bilhões. Enxugaram mais ainda, com uma lista prioritária de 34 projetos que custariam 6,8 bilhões de reais. Se saírem pelo menos esses já seria uma vitória.

O projeto critica o PAC para a área. Mostra que "o programa olha obras isoladas, sem vínculo com um sistema logístico". Ou, em palavras diferentes, fazem-se algumas obras, mas sem uma visão integrada da região.

O estudo diz que a região não seria competitiva em exportação com os países sul americanos. Vou meter minha colher de pau nesse item. Pode ser que não seja competitivo para alguns estados da região, mas para MT, MS e Acre acho que seria. Somos estados fronteiriços, produtos dos outros deveriam andar longas distâncias.

Ouso mais um passo: será que os produtos da Zona Franca de Manaus não poderiam ir até Santarém por água? Daí, através da rodovia 163, chegar a Cuiabá ou a Cáceres e serem levados para os países dos Andes? Ou, chegando em Cáceres e através da hidrovia Paraguai-Paraná, para o Mercosul? A matéria do jornal não mostra se o estudo analisou esse viés.

ALFREDO DA MOTA MENEZES é professor universitário e articulista político.
pox@terra.com.br
http://www.alfredomenezes.com/

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Copa de 2014 será oportunidade para resolver problemas

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - A Copa do Mundo de 2014 será uma oportunidade para resolver problemas de infraestrutura, logística e capacitação de mão de obra no Estado de São Paulo. Esta foi a conclusão de especialistas que se reuniram hoje na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).
De acordo com a Fecomercio-SP, a média anual de crescimento da demanda por transporte aéreo foi de 7,6% nos últimos 20 anos. Para o presidente do Instituto de Estudos Estratégicos e de Políticas Públicas em Transporte Aéreo, Respício do Espírito Santo Júnior, o "abandono" do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, é prova da incapacidade do governo e da Infraero em acompanhar o desenvolvimento do País. "Desde 1985, quando foi inaugurado, o aeroporto de Cumbica não passou por nenhuma ampliação. O maior aeroporto do País, a porta de entrada do Brasil, está abandonada", afirmou. Para os especialistas, como a oferta não acompanhou o crescimento da demanda, as soluções seriam a privatização dos aeroportos ou a abertura para a livre concorrência do setor.
Outro assunto tratado no encontro foi a qualificação da mão de obra. No caso da segurança pública, de acordo com a entidade, as polícias civil e militar terão mais de 144 mil homens nas ruas de São Paulo durante a Copa - na Copa do Mundo da África do Sul, por exemplo, foram apenas 40 mil em todo o país. A Polícia Civil está modernizando as quatro delegacias especiais que possui para atender os estrangeiros - Congonhas, Cumbica, Viracopos e também no Porto de Santos, pontos de acesso estratégico para os turistas que virão assistir aos jogos da Copa.
Os policiais que trabalham no atendimento de chamados de emergência vão receber treinamento para atender chamados em outras línguas durante a Copa. O serviço já é realizado em inglês, espanhol, francês e chinês em eventos internacionais, como no Grande Prêmio de Fórmula 1.
O Serviço Nacional da Aprendizagem Comercial (Senac) pretende treinar aproximadamente um milhão de pessoas até a Copa do Mundo para complementar a formação e adequar os alunos às demandas momentâneas. O diretor da Administradora Rio Vermelho, Carlos Nascimento, que esteve na reunião, acredita que o maior ganho do Brasil com a realização do Mundial virá dos investimentos futuros, motivados pela exposição do País durante os jogos, além dos investimentos diretos na infraestrutura.

Expoportos 2010 gerou uma expectativa de negócios de quase R$ 6 milhões

Por Redação Multimídia ES Hoje (redacao@eshoje.com.br)
 
Uma das mais importantes vitrines da infraestrutura logística capixaba, a Expoportos superou as expectativas. Em três dias de realização, 5, 6 a 7 de outubro, o evento atraiu mais de 3.400 visitantes, ao Pavilhão de Carapina, na Serra. A programação contou com uma série de palestras, encontros de negócios, showroom, entre outras atrações.
A Rodada de Negócios, promovida pelo Sebrae-ES, durante a Expoportos 2010, gerou uma estimativa de R$ 5.600 milhões em negócios para os próximos 12 meses. O número supera o valor alcançado em 2009, quando a estimativa de negócios era de aproximadamente R$ 3 milhões, no mesmo período. A rodada reuniu ofertantes e âncoras, com interesse em adquirir produtos e serviços do setor logístico.
Os expositores também capricharam no visual da feira de negócios. Em oito mil metros quadrados, 60 expositores apresentam seus produtos e serviços, e tiveram a oportunidade de ampliar seus contatos e negócios. Entre eles estavam grandes empresas como Vale, Samarco, Log-in, Transpetro, Marca Ambiental e Porto de Vitória, e Micro e Pequenas Empresas, levadas pelo Sebrae-ES.
"Acredito que, mais uma vez, conseguimos alcançar nossos objetivos com a Expoportos. O evento foi muito elogiado pelos participantes e os expositores colaboraram para que a feira tivesse um visual ainda mais agradável", destacou o diretor da Rota Eventos, José Olavo Medici, organizador do evento.

O ministro de Portos, Pedro Brito, participou da cerimônia de abertura da Expoportos 2010, onde falou de investimentos programados para o Espírito Santo e das obras no Porto de Vitória. "Esperamos que logo, os trabalhos de derrocagem do Porto de Vitória sejam iniciados. Também temos disponibilizado R$ 126 milhões para investimentos em um novo cais, relativo ao PAC I. No PAC II está prevista a inclusão do Porto de Vitória, juntamente com Santos e Rio de Janeiro, no projeto Porto Sem Papel, que irá reduzir a burocracia na liberação de mercadoria, unindo num banco de dados único informações digitalizadas para todos os agentes", disse o ministro durante o evento.