O governo federal tem alardeado em fóruns internacionais sobre gestão portuária que trabalha para entregar nos próximos dez anos uma infraestrutura não só portuária como ferroviária e hidroviária capaz de dar vazão à movimentação prevista para 2024.
Essa contribuição negativa deu-se por vários motivos, desde quando rejeitou acordos com a participação dos Estados Unidos - leia-se Área de Livre Comércio das Américas (Alca) -, passando pela aposta errada na negociação multilateral da Rodada Doha, na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, que redundou em rotundo fracasso, até a prioridade dada a mercados pouco expressivos. Além disso, ficou amarrado ao Mercosul que, em função do protecionismo argentino, não foi capaz de chegar até agora a um acordo com a União Europeia.
Se deixar de lado essa política defensiva que, em 20 anos, só resultou em três acordos com economias de pouca expressão - Israel, Palestina e Egito -, é claro que a corrente de comércio poderá quadruplicar em cinco anos. Para tanto, o País precisa avançar na derrubada de barreiras tarifárias com os países sul-americanos do Pacífico. E dar também espaço a um amplo entendimento com o México. Obviamente, nada disso implica reduzir ou deixar de lado o Mercosul. Pelo contrário.
Afinal, se continuar na defensiva, o Brasil corre o risco de ficar isolado ou limitado como está ao Mercosul, que, por sua vez, não avança nem recua. Mesmo porque Estados Unidos e União Europeia negociam um acordo de livre-comércio que, com certeza, vai ditar as regras para os demais países.
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FONTE: PRAVDA.Ru
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