domingo, 27 de março de 2011

LLX quer alugar estrutura do porto de Açu para empresas de petróleo

RIO - A LLX, empresa de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista, pretende fechar um grande contato com uma empresa petrolífera ainda no primeiro semestre do ano. O diretor financeiro da companhia, Leonardo Gadelha, afirmou que já tem inclusive um memorando de entendimento assinado, mas disse que o contrato de confidencialidade o impede de divulgar com qual empresa. 

“Estamos muito confiantes. Atualmente, estamos negociando com quatro grandes empresas de petróleo. E acreditamos que vamos fechar pelo menos um contrato ainda na primeira metade de 2011. Já temos memorando de entendimentos assinados. Mas estamos próximos de ter aprovações necessárias da contraparte e esperamos poder anunciar isso brevemente”, disse Gadelha, em teleconferência com analistas. 

O objetivo da companhia é alugar parte do píer do Porto do Açu, em construção no município de São João da Barra, norte do Estado do Rio de Janeiro. Pequenos navios coletariam o petróleo nas plataformas na Bacia de Campos, região próxima ao porto, e levariam até o píer para serem transferidos a navios de grande porte.

Com isso, segundo o diretor financeiro, haverá uma grande redução no custo de frete para as petroleiras. “Portanto, é muito interessante para empresas de petróleo e faz muito sentido para nós, porque já temos essa estrutura e a licença necessárias. Esperamos fechar esse contrato brevemente e será realmente um grande contrato para o porto”, afirmou. 

A expectativa é de que a utilização do porto para petróleo traga grande receita para a empresa, a ser utilizada no fluxo de caixa. O modelo de negócio será realizar cobrança de uma tarifa fixa por cada barril de petróleo movimentado no porto.

Segundo contas realizadas pelo próprio diretor em um exemplo de operação possível pela LLX no Porto do Açu, se forem cobrados US$ 0,60 por barril, em um contrato que comece com a movimentação de 400 mil barris por dia, já seria uma receita diária de US$ 240 mil. “Em um ano, isso daria cerca de US$ 60 milhões de receita. Será basicamente fluxo de caixa”, disse.

O diretor explicou que a companhia está transformando a infraestrutura do píer para a operação com petróleo até o início das operações do Porto do Açu, em 2012. O novo modelo de operação do porto prevê contrato de take or pay. 

“Estabelecemos julho de 2013 para começar a embarcar minério de ferro e depois começar o fluxo de caixa. E o porto estará pronto antes, em 2012. Portanto, poderemos trabalhar com petróleo até 2012”, anunciou.

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